Decorreu no passado dia 28 de março, a cerimónia de entrega de prémios dos projetos vencedores da edição de 2015 de "É Preciso Ter Lata". A concurso estiveram 29 esculturas da responsabilidade de outras tantas escolas ou agrupamento de escolas, tendo quatro dos seis prémios a concurso ficado na cidade de Braga.

 

O projeto "É Preciso Ter Lata" chegou a Portugal em março de 2013 pelas mãos de Dénis Conceição, dando origem à organização Canstruction Portugal, sobre a qual recaíu a responsabilidade de erguer o evento em Braga para a edição de 2015, tendo como parceiros a Fundação Barcara Augusta e a Câmara Municipal de Braga. Procura ajudar no combate à fome, mas de uma forma inovadora, unindo a arte e a solidariedade, já que todos os enlatados recolhidos são doados a instituições de solidarieade social. Em 2015 arrecadou-se mais de 26 toneladas de enlatados e que irão ser distribuídos a cerca de 90 instituições.

 

Este foi o nosso lema, tendo sido necessário juntar 2.609 latas de diferentes proveniências - atum, sardinhas, feijão, salsichas, tomate/concentrado de tomate, anchovas, cogumelos, fruta, patê, milho, ervilhas, espargos e outras. O nosso projeto recebeu o prémio na categoria de "Favorito do Júri".

 

Alberto Sampaio ganhou na categoria "Melhor Estrutura", Carlos Amarante na "Melhor Uso de Rótulos" e Sá de Miranda ganhou na "Escultura com mais latas". Além destas escolas de Braga, receberam prémios o Agrupamento de Escolas de Caranguejeira - "Melhor Refeição" e Escola Básica e Secundária de Velas, de S. Jorge, Açores - Menção Honrosa. Estão todos de parabéns. Decorre agora a votação para a categoria "A favorita do público". Pode ser feito online, clicando "gosto" na foto da escultura escolhida na página do facebook oficial da EPTL ou presencialmente no estádio municipal de Braga, até 1 de abril.

 

 

O projeto foi enraizado na ideia do peixe, símbolo de vida e de fecundidade, em virtude da sua incrível capacidade de reprodução e do número incalculável dos seus ovos. Além disso, o peixe está associado à ideia da saciedade da foem que Cristo promoveu e que, por seu lado, também o identifica.

 

Para proteger e transportar este alimento essencial, encontramos, necessariamnete, a lata que dá nome simultaneamente ao nosso projeto e ao projeto nacional.

 

A lata é caixa, contentor, elemento feminino. Simboliza o lugar do abrigo do alimento que garante a vida. Em busca desta perfeição, a nossa escultura respeitará - dentro das limitações impostas pelas medidas das próprias latas - as proporções do "retângulo de ouro", procurando, deste modo, representar a perfeição da relação entre a terra e o céu, o feminino e o masculino, o desejo de saciar a fome.

 

Finalmente, a cor. A escultura será predominantemente azul, por ser esta a cor do nosso Agrupamento, mas na abertura predominará o ouro, por guardar e revelar o tesouro que lá se encontra e que a chave abre: o peixe que sacia a fome, objetivo norteador do nosso projeto.

 

Isabel Pereira, Cidália Freitas, Rui Costa, Maria Tavares, Ana Pereira, Carlos Rodrigues, Guilherme Freitas e Mariana Cunha.

 

Atum Ramirez, GenDesign, ASNET, ABC Braga e Maxime Papel

 

Santa Casa da Misericórdia de Braga - Cantinas Sociais